1 – As mulheres, uma vez que a cirurgia desnecessária acresce riscos, de mortalidade e complicações, sem trazer benefícios reais
2 – Os bebês que, quando retirados prematuramente, acabam indo para a incubadora, em vez de curtir o aconchego da família, o colinho da mãe, o contato pele-a-pele
3 – As famílias, quando ocorrem mortes maternas ou de bebês que seriam evitáveis caso a cirurgia não tivesse ocorrido
4 – Profissionais de saúde, que ficam sobrecarregados por ter que atender não só as cesáreas, mas também as suas complicações
5 – Estabelecimentos de saúde uma vez que, em vez de dar alta após 24 horas de um parto normal, têm leitos ocupados por 48 horas ou mais, a depender das complicações – e as mulheres que os demandam, que muitas vezes ficam alojadas precariamente pelos corredores em hospitais do SUS
6 – O sistema de saúde, que fica sobrecarregado com o excesso de dias de internação e os custos acrescidos
7 – A imagem dos médicos obstetras que agem corretamente, uma vez que o excesso de cesáreas está constantemente na imprensa e são quem realiza os procedimentos cirúrgicos, sendo ponto pacífico para a imprensa e para o senso comum que o excesso de cesáreas é responsabilidade de médicos
8 – O Sistema Único de Saúde, que tem que arcar com as despesas extras decorrentes das cirurgias desnecessárias e suas complicações. Como os recursos são escassos, desperdício com cesáreas desnecessárias vai provocar falta de recursos para ações necessárias
9 – A sociedade, que paga com seus impostos as despesas extras que procedimentos desnecessários e as complicações provocam
10 – O Brasil, sua imagem no exterior, pois a fama de excesso de cesáreas é motivo de vergonha internacional, tanto nos meios das sociedades de Obstetrícia, como nas publicações de imprensa
Texto: Daphne Rattner
Realização: ReHuNa
Apoio: ECOS UnB e Rádio Web Saúde UnB
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