Do site Nações Unidas Brasil
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, publicou nesta sexta-feira (1) um relatório com análises e recomendações sobre os desafios enfrentados pelas pessoas idosas.
A taxa de mortalidade deste grupo é mais alta no geral e, para aqueles com mais de 80 anos, é cinco vezes a média global.
Além do impacto imediato na saúde, António Guterres alertou, em uma mensagem em vídeo, que “a pandemia está colocando as pessoas mais velhas em maior risco de pobreza, discriminação e isolamento”, com um impacto potencialmente arrasador sobre as pessoas idosas nos países em desenvolvimento; acesse aqui o vídeo e o relatório.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, publicou nesta sexta-feira (1) um relatório sobre o impacto que a pandemia de COVID-19 está tendo em pessoas idosas.
Na pesquisa, o chefe da ONU informa que a taxa de mortalidade para os idosos é mais alta no geral e, para aqueles com mais de 80 anos, é cinco vezes a média global.
Além do impacto imediato na saúde, António Guterres alertou que “a pandemia está colocando as pessoas mais velhas em maior risco de pobreza, discriminação e isolamento”, com um impacto potencialmente arrasador sobre as pessoas idosas nos países em desenvolvimento.
Acesse o documento clicando aqui.
O secretário-geral afirmou que, como pessoa idosa e como responsável por uma pessoa ainda mais idosa – sua mãe –, ele está “profundamente preocupado com a pandemia em nível pessoal e com seus efeitos em comunidades e sociedades”.
O relatório inclui um resumo de políticas com análises e recomendações para enfrentar esses desafios. São quatro as mensagens principais.
Recomendações
Primeiro, nenhuma pessoa, jovem ou velha, é dispensável. Os idosos têm os mesmos direitos à vida e à saúde que todos os outros.
Para Guterres, “as decisões difíceis em torno dos cuidados médicos que salvam vidas devem respeitar os direitos humanos e a dignidade de todos”.
Segundo, embora o distanciamento físico seja crucial, não se pode esquecer que o mundo é uma comunidade e que todos estão ligados.
Guterres disse que são precisos mais apoio social e esforços mais inteligentes para chegar às pessoas mais velhas usando tecnologia digital. Segundo ele, “isso é vital para que possam enfrentar o grande sofrimento e isolamento criado por bloqueios e outras restrições”.
Em terceiro lugar, todas as respostas sociais, econômicas e humanitárias devem levar em consideração as necessidades dos idosos, desde a cobertura universal de saúde à proteção social, trabalho decente e pensões.
O chefe da ONU lembrou que a maioria destas pessoas são mulheres, que têm maior probabilidade de viver na pobreza e sem acesso a cuidados de saúde.
Por fim, em quarto lugar, o secretário-geral disse que o mundo não deve “tratar as pessoas mais velhas como invisíveis ou impotentes”.
Muitos idosos continuam trabalhando, têm vidas familiares ativas e cuidam de familiares. Para Guterres, “suas vozes e liderança contam”.
O chefe da ONU afirmou que, para superar essa pandemia, o mundo precisa “de uma onda de solidariedade global e das contribuições de todos os membros da sociedade, incluindo os idosos”.
Guterres disse olhar para o futuro, dizendo que durante a recuperação será preciso “ambição e visão para construir sociedades mais inclusivas, sustentáveis e amigas dos idosos”.