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Nota da editora: Veja as últimas notícias e orientações sobre a Covid-19 em nosso Centro de Informações sobre o novo coronavírus SARS-CoV-2 .

No Brasil, em 2017, foram registrados 126.230 casos de violência contra crianças e adolescentes com até 19 anos de idade. Cerca de 24% desses crimes ocorreram contra crianças com menos de quatro anos de idade, incapazes de reconhecer ou denunciar a violência. Mas, apesar de assustadores, esses números ainda são subestimados. A subnotificação da violência na infância e na adolescência é uma realidade.

No dia 18 de maio, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou uma nota de alerta intitulada “Combate ao Abuso e à Exploração Sexual e Outras Violências Contra Crianças e Adolescentes em Tempo da Quarentena por Covid-19”. O dia 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil, data escolhida em memória a uma criança de oito anos que foi assassinada em 1973.

Na nota de alerta, os especialistas da SBP resumem e discutem o problema da violência contra a criança no país, mas destacam uma questão que surge este ano: a pandemia de Covid-19 (sigla do inglês, Coronavirus Disease 2019) e as medidas de isolamento social instituídas em consequência trazem um risco ainda maior.

Segundo os autores, a quarentena trouxe fragilidades para os lares das crianças brasileiras: elas estão confinadas com seus pais/responsáveis, que muitas vezes estão irritados e impacientes, e podem ter dificuldades em cuidar dos filhos em período integral. Além disso, os adultos podem apresentar uma sobrecarga de estresse oriunda da incerteza quanto ao futuro, do desemprego ou da queda da renda familiar e/ou do adoecimento de parentes.

Essas crianças também perderam contato com possíveis observadores da violência doméstica como professores, vizinhos, outros familiares, pediatra e/ou unidades de atendimento médico.

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